data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A Região Central registrou queda de 24% no número de acidentes com feridos na comparação entre o primeiro semestre de 2020 e o mesmo período de 2019. O número de acidentes com mortes, contudo, aumentou de 16 para 20 no mesmo intervalo. O aumento nos óbitos é de 25%.
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RODOVIAS ESTADUAIS
Entretanto, ao olhar apenas para as rodovias estaduais, os dois dados apresentaram queda. No primeiro semestre de 2019, foram 105 acidentes com feridos, 12 a mais que os 93 do período em 2020. Isso representa uma queda de 22%. Os acidentes com morte tiveram redução ainda maior. De oito, foram para cinco, o que indica queda de 38%.
O comandante da 3ª Companhia do Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, capitão Gustavo Dubou, atribui os números à otimização do trabalho de monitoramento. Segundo Dubou, os pontos considerados mais críticos, ganham mais atenção, principalmente com a retomada do fluxo de veículos, que aconteceu a partir de maio.
- No início da pandemia, sim, tivemos menos acidentes pelo fluxo. Mas agora já está normalizado. O que buscamos é atuar mais direcionados ao problema, onde sabemos que são os pontos mais críticos - conta.
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O ponto da região para o BRBM que mais causa preocupação é a RSC-287. O motivo é que a rodovia é, entre as estaduais, a que mais tem maior fluxo já que liga o interior à Capital. Nesta e em outras rodovias, o principal trabalho de prevenção é o monitoramento da velocidade dos motoristas.
- Muitos acidentes não podemos prever, porque o número que temos não é grande para criar padrões exatos. Mas o trabalho de verificação de velocidade é importante, principalmente, porque uma coisa é um acidente de um veículo a 80 km/h, outra bem diferente é a 140 km/h - explica Dubou.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
RODOVIAS FEDERAIS
Nas rodovias federais, o número de acidentes com mortes aumento na comparação entre os períodos. Foram de oito para 15, em um aumento de 87%. O número de acidentes com feridos, contudo, reduziu. Foram de 173 para 119, queda de 32%.
O chefe de operações da delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Maria, Daniel Pozzobon, acredita que a diferença entre os períodos se explica pelos acidentes de 2020 terem mais gravidade.
- A PRF faz o esforço de monitorar locais e horários estratégicos, mas tem casos que não conseguimos prever. Tivemos menos acidentes, mas mais mortes pela gravidade dos acidentes que levaram a óbitos - fala.
Nas rodovias federais, é nítido, segundo o agente, que o fluxo ainda está longe do normal. A anormalidade se dá, principalmente no perímetro urbano.
- No perímetro rural, está mais próximo do normal, mas, no perímetro urbano, ainda está bem longe. Muito pelas universidades estarem sem aulas presenciais. Quando voltar, pode ser que normalize - avalia Pozzobon.
PRIMEIROS MESES DE ISOLAMENTO
Em março, no primeiro mês de isolamento, os acidentes graves chegaram a ter queda de 39% em relação ao mesmo mês do ano passado. O comportamento dos dados foi semelhante ao acumulado do primeiro semestre: acidentes graves caíram, mas mortes subiram. Na época, as autoridades de segurança das rodovias atribuíram a queda dos acidentes ao menor número de veículos circulando. Com a pista mais livre, entretanto, motoristas imprimiam maior velocidade. Desse modo, foram mais acidentes fatais.
Já em abril, no segundo mês de isolamento, número de acidentes e de mortes apresentaram queda em relação ao mesmo mês de 2019. Nas rodovias estaduais, o BRBM contou com a convocação de 100% do efetivo para reforçar pontos com histórico de mais ocorrências. Nas rodovias federais, o fluxo se manteve normalizado pela circulação de veículos de carga, o que impediu a ocorrência mais intensa de acidentes graves devido a infrações de velocidade, já que não foi comum encontrar a pista "mais livre".
*A área de cobertura do Batalhão Rodoviário da BM e da 9ª Delegacia da PRF não cobre todas as cidades da área de cobertura do Diário. O Batalhão, por por meio do Grupo Rodoviário de Santa Maria atua de Júlio de Castilhos a Vila Nova do Sul e de Toropi a Restinga Sêca. Já a 9ª Delegacia da PRF atua de Júlio de Castilhos a Caçapava do Sul e de Mata a Cachoeira do Sul